segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aguinaldo Silva no New York City Center

Foi como encontrar um grande amigo, quase íntimo. A minha passagem curta pelo projac e pelo New York City Center nas últimas semanas rendeu um encontro com um dos meus mais admirados autores de novela da Televisão brasileira. Encontrei com, nada mais nada menos, que Aguinaldo Silva. Grande escritor de obras televisivas como as recentes: Senhora do Destino, Duas Caras e a série Cinquentinha. Íntimo amigo de Walcyr Carrasco (outro grande autor de novela e fonte de inspiração desde a minha adolescência), Aguinaldo Silva aceitou fotografar comigo e demonstrou grande atenção. Cheguei a falar um pouco do que eu estava fazendo no Rio (acompanhando um grupo de cinema e teatro de Muqui ao projac) e sobre o meu trabalho, mas eu é que estava tenso. Ele, muito pelo contrário, não demonstrou nenhuma impaciência. Depois me arrependi. Podia ter usado e abusado daquele tempinho precioso com um dos reis da teledramaturgia. Mas foi emocionante. Não é todo dia que encontramos as pessoas que admiramos dividindo o mesmo corredor de um shopping. A página dele na internet é um sucesso. Seu blog é www.aguinaldosilva.bloglog.com.br, mas está previsto para novembro a inauguração do seu site Aguinaldo Silva Digital.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Muqui no projac

Nas últimas semanas acompanhei um grupo (de cinema e teatro de Muqui - minha cidade natal) a uma visita a Central Globo de produções. Foi um barato!






sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Do papel para a tela
Tenho muito orgulho da minha cidade. Tenho muita satisfação de ter nascido no interior, numa cidade não muito conhecida por muitos brasileiros. Um cantinho de terra, uma vila com poucos mil habitantes. Sou feliz por ter crescido com pessoas maravilhosas num bairro tranqüilo numa cidade inspiradora. Muitas pessoas e muito do que vi e vivi foram fatores primordiais para as minhas escolhas futuras. Ainda hoje não sei o que quero ser e aonde quero chegar. Faço Jornalismo, mas não me vejo como jornalista no futuro. Gosto de cinema, trabalho com isso, me arrisco, ouso. Mas também não quero ser um cineasta. Tenho medo dessa minha inquietude. Ainda é dúvida qual caminho quero seguir, que rumo devo trilhar. Mas assim é a vida.
Mas fico satisfeito quando estabeleço metas e propostas de criação e produção e consigo alcançá-las. Muitas dificuldades e problemas aparecem, mas tudo isso faz parte do desafio. Desafio este que ninguém me obrigou a enfrentar, mas eu mesmo quis me impor, é assim que me conheço, conheço os meus limites, até onde vou e até onde vai a minha paciência e criatividade nesses projetos. É gratificante ter em quê pensar, ter espaço, gente e criatividade para tocar os projetos , idéias e histórias surgidas da minha cabeça numa cidade histórica cheia de casas e fazendas ricas que se tornam pano-de-fundo para os vídeos metragens.
Ver as cenas de “A Herança” saindo do papel foi tão mais emocionante que ver amigos empenhados em ver essa história ganhando vida e cores numa telinha digital simples, mas que comporta muitas idéias e sonhos. Mesmo com poucos recursos conseguimos confeccionar figurinos sofisticados, elementos de cena, cenários de filme. Tudo com muitos suor, tudo com muita luta, tudo com muito amor. Ao final das férias, depois de ter conseguido gravar quase que 90% de todo o filme, soube da premiação de um vídeo meu inscrito no Concurso de Foto e Vídeo promovido pela WWF Brasil, pelo HSBC Climate Partnership e pela Agência Nacional de Águas. Parecia o começo de um tímido reconhecimento que, tenho certeza, irá crescer cada vez mais.

Mais detalhes do filme "A Herança" no blog: http://www.filmeaheranca.blogspot.com/



Capricho nos mínimos detalhes

Fala-se muito nos chamados filmes feitos com pequenas mídias digitais. Desde que iniciamos os nossos trabalhos aqui em Muqui, nunca gravamos algum filme, peça ou curta metragem com alguma filmadora de grande porte. Além de não possuirmos este recurso, acreditamos que o trabalho fica muito mais fácil de fazer se o suporte de gravação for o menor possível.

Os filmes feitos com câmera digital ficam muito bons e a população da cidade vibra quando assiste a algum filme nosso. Muitos, até, nem acreditam que o filme foi gravado com uma simples câmera digital, que qualquer um tem, guarda no bolso da calça ou na bolsa.

O que a gente mais preza é a produção. Quando se trata de filmes ficcionais, principalmente, o que a gente logo pensa é na produção que deve ser bem caprichada. Não é porque a gente não tem câmeras hollywoodianas que vamos deixar o resto a desejar. Cuidamos dos objetos de cena, contatamos as pessoas, trabalhamos a interpretação, vamos atrás do que for preciso para que a cena fique a mais perfeita possível.
O filme pode ser gravado em câmera digital ou celular, mas procuramos caprichar nos detalhes para que a história pareça cada vez mais real, envolvente, cheia de contornos, que transmita emoção, que inspire.

Podem surgir perguntas do tipo: O que adianta uma produção dessas se tudo vai ser gravado em uma camerazinha digital? Será que vale a pena?

Eis aí o barato de tudo, meus caros!É claro que vale a pena. Nosso trabalho é desafiar-nos a cada trabalho, termos experiência sempre. O que mais nos interessa é o aprendizado com as nossas próprias agendas de produção, aprender a rotina de gravação de um filme, mesmo que este seja gravado com um simples celular. As pessoas precisam entender que, o que precisamos, não são mega estúdios, gruas, tripés, mas criatividade, força de vontade, amor no coração, tesão por arte, por audiovisual.

E é com esse amor e entusiasmo que estamos gravando “A Herança”. Trata-se de uma trama de época, que atravessa várias fases. Apresentamos a neta ainda criança, com a avó na década de 20, e depois apresentamos a avó e a neta passados mais de 20 anos. A pesquisa, embora rápida (por causa do pouco tempo que há), foi feita com zelo e cuidado. Produzimos uma pasta com figuras de cabelos, trajes. Procuramos bazares e pessoas que poderiam nos ajudar nas roupas de acordo com o pesquisado. O sitio histórico da cidade contribuiu (e muito!) para o desenvolvimento da história. Alguns casarões da cidade de Muqui dão a idéia de abandono e serão o pano de fundo para nossas realizações.

O que a gente quer é passar a idéia de passado. Queremos que as pessoas, ao assistirem o nosso vídeo, entrem num túnel do tempo, penetrem no universo das duas protagonistas. A nossa intenção é emocionar, é mostrar no que, de fato, somos capazes.



Premiação em Brasília - DF

Os radiofones do Aeroporto de Vitória já anunciavam o meu voo e eu estava desesperado pelo meu celular que havia deixado dentro do Táxi. Não foi por falta de atenção, mas por pressa. Eu precisava fazer o chek-in, mas eu estava preocupado com o celular. Havia outro no meu bolso, mas aquele, o perdido, eu falaria bem mais com a namorada e com os familiares. O fato é que, por prevenção sempre carrego dois celulares na viagem. Consegui falar com meu pai, ele ligou para o outro aparelho e conseguiu falar com o motorista. Mas ele já não podia chegar a tempo e eu já estava aguardando o voo para o Rio no salão de embarque. Ficou combinado que eu o encontrasse na volta que ele me devolveria o celular e, aproveitando, já me levaria para casa.
Eu partia para o Rio e de lá para Brasília onde participaria da Cerimônia de Premiação do meu vídeo inscrito no 1º Concurso de Foto e Vídeo “Olhares sobre a Água e o Clima” promovido pela WWF Brasil, pelo HSBC Climate Partnership e pela ANA, Agência Nacional de Águas. Tudo foi muito corrido e simples, mas o Rio de Janeiro visto dos céus não é nada simples. É maravilhoso, revigorante. Para quem já está acostumado, nenhuma sensação. Mas para quem sobrevoava a cidade carioca pela primeira vez era uma emoção que pretendo repetir.
Fiquei pouco tempo em Brasília, o voo de volta ao Espírito Santo era no dia seguinte ao meio dia. Havia tempo suficiente para uma saída a noite e um passeio breve na manhã seguinte. Quando lia e ouvia que Brasília era uma cidade planejada, não acreditava que isso fosse tão material na realidade. Mas o fato é que, em Brasília, é tudo assim! Quer um hotel? Vá ao setor hoteleiro. Um hospital? Vá ao setor de hospitais. Presidente no seu devido palácio, vice no outro, ministros e outros bam bam bãns em suas mansões residenciais próximas às embaixadas dos mais variados países europeus e americanos. É tudo tracejado, tudo delimitado, cerquinhas, plaquinhas e muros. Ado, ado, ado, cada um no seu quadrado.
Ainda na capital brasileira, percebi pouco movimento. Nada de ruas residenciais, calçadas apertadas, trânsito de pessoas. Para falar a verdade vi poucas delas. O que mais vi foram asfaltos intermináveis que ligavam extremidades a outras. Sozinho eu me perderia, com certeza, e acho que nem GPS resolveria. Vi muita grama (seca, por causa do tempo árido em Brasília), vi muito concreto, muita janela, algumas flores também em seus devidos lugares, delimitadas, cercadas. Não vi cachorros, não vi casas populares, não vi barulho de gente, conversa, orelhão, lojas e bares em cada esquina, padaria, banca de revistas e jornais. Talvez não tenha visto tanta coisa por ter andado apenas no centro da capital. Mas o centro de uma cidade diz muito sobre o seu conjunto.
A capital brasileira não é, definitivamente, uma cidade turística. Porque turista que é turista sempre carrega pouco dinheiro na bagagem e Brasília é uma cidade feita para quem tem dinheiro, e muito! As lojas dos aeroportos esbanjam produtos caros e refinados e, para se deslocar de um ponto a outro da cidade é conveniente pagar um táxi que, também não é uma opção econômica.
Foi divertido, porém depressivo, andar sozinho por aquelas ruas largas e calçadas vazias. Andei bastante, viajei observando aquelas construções de Niemayer e, quando me dei conta, já estava bem longe do hotel. Voltei tudo a pé. Passado mais algumas horas eu já estava no avião retornando para Vitória, no Espírito Santo. Um troféu na bagagem e um calo inconveniente no pé.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

Ufa! Cheguei!

Vida agitada. Muitas coisas acontecendo, faculdade, família, início de ano conturbado. Mas deu tempinho de vir aqui postar algumas fotos e vídeos dos meus últimos trabalhos. Janeiro, curso Geração Futura no Canal Futura (Fundação Roberto Marinho) Rio de Janeiro (aproveitei o verão no Rio, porque ninguém é de ferro). Tenda Alternativa de Cinema, montada no centro da praça de Muqui no carnaval folclórico de bois pintadinhos. Projeto elaborado e bancado por mim e pela minha namorada Mariana e que contou com o apoio de amigos como Leandra Passine e Amanda Falcão. Nas férias produzi cinco vídeos inscritos no Festival Claro Curtas: “O quarto”, “Descartável”, “Mesmo só”, “Ligados” e “Irreconhecíveis”. Continuo, com Mariana e muitos amigos da cidade natal, as gravações do longa “A Herança” que está sendo rodado em Domingos Martins e Muqui (cidades do Espírito Santo). Quando sobra tempo, entre a faculdade, a família e as viagens procuro escrever mais algumas páginas de “A herança – a incrível história de Marie”, livro que, se o tempo ajudar, lanço no final de 2010.

Dois dos cinco vídeos inscritos no Festival Claro Curtas 2010. O tema do festival era "Ser Digital".:



Tenda Alternativa de Cinema produzida, elaborada e projetada por Leonardo Alves e Mariana Candido

Nossa querida tenda. Adereços feitos por mim e por Mariana, Leandra e Tereza.
Leandra (atriz e colaboradora), eu e Amanda Falcão (atriz e colaboradora)


Nossa Tenda de Cinama montada no centro da praça de Muqui - ES
Equipe no telão de exibição da tenda.
Gravações...Gravação do documentário (in) Confidências da Base Criativa da TV UFOP - Ouro Preto.

Foto feita na oficina de vídeo do Canal Futura no Rio.

Gravação dos interprogramas do Canal Futura.

Gravação do curta "O quarto"
Gravação do curta "O quarto"
Gravação do curta "O quarto"
Gravações do curta "Descartável" no lixão de Muqui-ES.
gira mundo...


'la vida...


Rio...
fotos nos estúdios CGP - Rede Globo.